sexta-feira, 2 de abril de 2010

As compras no chão e a felicidade transbordando os céus. Estávamos no nosso apartamento. G foi estacionar o carro enquanto eu subia para o 208 com material de limpeza. Assim que estacionei as sacolas, aquele homem que há 5 minutos subiu as escadas, anunciou o assalto. O portão principal trancado, somos novos no prédio, G está dando voltas pelo centro da cidade, vai demorar, 208, ele me forçará a entrar, as mãos do homem para trás, passa o celular, o celular está velho, remendado com super bonder, passa o dinheiro, CNPQ só em maio, 5 centavos na carteira, mochila no chão, a digital de G, a calcinha, o absorvente, eu, tudo no chão de cabeça baixa, os cuidados do meu pai, o molho de chaves de G, baixa a cabeça, ele ainda pode me machucar, o circulador de ar na caixa, ele não leva, as chaves ficarão no portão, fique caladinha, não me siga, ele não tem arma, estou sozinha, tem força, meu amigo, o assalto, o terço, a santa na carteira, ele morreu num assalto, também não reagiu, G enlouqueceria, as perninhas finas descem as escadas, eu desço, ligar pra G, como?, o velho digita do seu celular, G corre pela rua, a locadora, só há mulheres no prédio, foram as perninhas, o abraço, a polícia, o 208. As compras no alto do armário e a felicidade no chão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário